quarta-feira, 3 de outubro de 2012

"E o futuro é uma astronave, que tentamos pilotar"

"Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá.
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá.

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo..."


Esses dias estou emotiva. Com uma vontade imensa de escrever, mas não tenho um destinatário certo. Na verdade acho que o destinatário sou eu mesma, rs.

Esse ano foi um ano de mudança. Excelentes. Realizei meu sonho e minha maior meta de vida até agora - passei em uma federal kk - e isso é de extrema importância pra mim e para o meu espírito. Atingir essa meta, que por 2 anos foi uma obsessão, me dá uma paz indescritível. Mudar de estado, de cultura, vir para um lugar diferente, onde eu não conheço absolutamente ninguém, me faz feliz.

Não posso negar que Deus e os bons espíritos foram muito bons comigo. E sem a minha perseverança e dedicação, nada disso teria se concretizado só com a ajuda deles. Hoje eu quero registrar nesse meu pequeno diário (que ficou um bom tempo abandonado, tadinho!), um agradecimento. Na verdade são vários! Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, meu Pai, o Homem mais rico deste mundo, por cuidar tão bem de mim, desde sempre, e para sempre! E pedir perdão pelas inúmeras vezes em que eu me senti abandonada neste mundo ( na verdade, por parte das pessoas, eu sei que eu estou sozinha), mas meu Pai Eterno nunca me abandonou. 

Gostaria de agradecer aos bons espíritos que sempre me auxiliam, pessoas de bem, pacientes, que sempre estão me guiando para o caminho certo. Alguns são pessoas muito queridas que já se foram...mas que eu tenho certeza que me ajudam bastante nessa nova fase da minha vida!

Esses últimos dias foram difíceis. Uma dor imensa invadiu meu coração, como um tsunami invadindo e destruindo tudo o que encontra (tsunami sim, porque furacão passa rápido, e essa dor não passa). É quando você se depara com a realidade nua e crua: as pessoas não estão nem aí para você. Quando eu digo "as pessoas", me refiro à quem devia estar comigo mesmo nos piores momentos, por questões morais e afetivas (para não dizer laços sanguíneos).

Eis que eu me sinto hoje, neste exato momento, uma morta-viva. Costumo comparar sempre essa minha atual fase com o desencarne de alguém, como diz o espiritismo. É como se eu me recuperasse de uma vida cheia de lutas, e tivesse, enfim, o meu descanso merecido. E essas pessoas citadas anteriormente, nem lembrassem de mim (o que segundo o espiritismo, faz bem para o desencarnado durante o processo de adaptação). Só que eu não estou morta. Eu estou (Graças a Deus) vivinha da silva. Apesar dos mais de 3 mil kms de distância, eu mantenho contato com essas pessoas sempre, mesmo quando não posso, porque a saudade dói muito. Entretanto essas pessoas não fazem a mínima questão do meu contato, e nem de me contatar. Faz exatamente 9 meses que me mudei de SP para tentar a vida na PB, o tempo em que um feto se desenvolve e está pronto para nascer. E hoje eu decidi que eu vou RENASCER! Não posso mais continuar sofrendo do jeito que estou. Aceitei a ideia de que eu não sou importante para algumas pessoas que são tudo pra mim. Mas dói, viu? Não é fácil lidar com a rejeição da sua própria estrutura. Acho que essas pessoas nunca me viram ou ouviram dizendo isso, entretanto não posso negar que a lei da vida é essa. Os pilares são o que nos sustenta. Felizes são aqueles que podem usufruir dos seus pilares até o dia que o Pai Maior permitir. E sejam felizes aqueles, que assim como eu, estão sem estrutura nenhuma, mas tem o dever moral e perante Deus de mudar o rumo das coisas, para os próximos que virão a ser do nosso convívio possam usufruir dos pilares deles.

Hoje eu desejo isso. Chegou a hora de recomeçar. Uma caminhada de sucesso, que será muito produtiva e que colherá bons frutos.

Desejo um momento de reflexão sobre a nossa vida atual. O que precisamos mudar?

Eu preciso mudar muitas coisas, entre elas estão:

- Eu preciso ser uma pessoa mais sociável ao meu modo. Não suporto hipocrisia e quando vejo momentos assim, passo por antissocial. Ás vezes eu até gosto da pessoa, mas ela torna-se insuportável quando finge ser o que não é ou não dá valor ao que tem. Isso me cansa e me faz mal.

- Preciso me doar mais às pessoas que precisam. Amo fazer trabalho voluntário, tenho até uns projetos para o futuro, mas estou parada há um tempo. Pretendo voltar conciliando o meu curso com o voluntariado.

- Me permitir mais. Ser ousada à minha maneira. Arriscar. Perder medos bobos. Ser intensa. Demonstrar mais meus sentimentos.

Então é isso! E que venha a nova fase, com mais alegrias e menos dor! =D 

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